O que você pode aprender com um Nobel de Economia?

 

Richard Thaler é um economista norte-americano que, no ano passado, foi reconhecido com Prêmio Nobel de Economia. Thaler publicou pesquisas e livros que buscam melhorar a relação das pessoas com o dinheiro. Ele avaliou os aspectos econômicos e psicológicos de um grande grupo de americanos e desenvolveu uma corrente, hoje mundialmente conhecida, chamada Economia Comportamental.

Os estudos de Thaler buscam entender os motivos que levam as pessoas a gastarem. Entre as conclusões, o estudioso, desenvolveu a lógica de que há situações em que o consumidor toma decisões em que ele sai em desvantagem por simples falta de conhecimento. Parece simples, mas não é. Na prática, ele mostra como pequenas intervenções  podem ajudar, e muito, a sair do vermelho e até a economizar. Veja as dicas:

 

1 – Faça mapas mentais de gastos

Thaler explica que as pessoas têm um comportamento padrão em relação ao dinheiro. Para o autor, a grande maioria divide de maneira racional o que ganha (aluguel, a prestação do carro as compras do mercado, etc) e aproveita a parcela restante para investir em produtos ou serviços que melhorem a sua vida (um carro melhor, viagens, uma roupa nova).

O especialista diz que as pessoas deveriam utilizar a parcela restante do salário que não vai para o pagamento do que é básico para, em primeiro lugar, quitar as dívidas, evitando assim o desperdício com juros e, o que sobrasse, deveria ser investido –  não usado para gastos supérfluos.

A contabilidade mental, como ele chama, envolve mapear os gastos e pensar a médio e longo prazo e, não só, de 30 em 30 dias, como faz a grande maioria dos assalariados.

2 – Avalie o custo real

Imagine a seguinte cena: você precisa de um tênis no novo e ele custa 180 reais no shopping. Na loja ao lado, o mesmo par de calçados, da mesma marca, custa 169, 90.  Uma economia de R$ 10,10. Vale mais a pena, não é?

Agora, se uma geladeira custa 2 mil reais em uma promoção relâmpago da internet, mas na loja a duas quadradas do seu trabalho, ela custa 1.960 reais. A tendência das pessoas é achar que por 40 reais não vale a pena ter que andar um pouco mais. “Pura perda de tempo!”

Thaler avalia que o consumidor erra ao calcular o valor das coisas baseados no custo do tempo. Para ele, toda oferta vale o esforço. Claro que há variáveis como segurança, necessidade e também o tempo (se você vai produzir algo neste intervalo que compense a economia com o custo da geladeira, aí sim, vale o pedido pela internet).

4 – Fuja das escolhas induzidas

O economista alerta para as compras feitas sobre a falsa sensação de “levar vantagem” e também as falsas promoções. Vamos supor que você precisa de uma internet banda larga em casa, a empresa diz que o pacote com 30 megas custa 100 reais mas que o pacote com 100 megas sai por apenas 179 reais. Mais que o triplo da velocidade por 79 reais a mais na fatura parece uma grande vantagem. Mas, de acordo com o especialista são essas pequenas trocas que fazem o orçamento doméstico cada vez mais achatado.

Thaler mostra como as empresas sabem jogar muito bem com o que ele chama de  ganhar com a “capacidade superficial de julgamento” – a venda de produtos casados e a falsa sensação de estar comprando mais por menos.

Outro exemplo? A pipoca vendida no cinema.  O pacote pequeno, custa 9 reais, o grande 13. O cliente é induzido a levar o grande e ainda sair achando que fez um ótimo negócio. Poucos levam em conta o real preço da pipoca. A lição é: consumir somente aquilo que for justo ou avaliar bem para escolher em qual supérfluo investir.

Gostou das dicas? Aqui, no blog Negociei.com.vc, você encontra notícias sobre economia, mercado financeiro e também auxílio para fazer o seu dinheiro render.

 

 

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