Número de devedores cai, mas valor da dívida permanece estável

Os brasileiros estão tentando sair da crise como podem. O esforço para honrar as dívidas é um dos demonstrativos de un início, ainda tímido, de recuperação econômica. Em novembro, o  número de consumidores endividados no Brasil ficou estável, em relação a outubro deste ano, com uma variação de 0,15%. Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Em todo território nacional,  59,9 milhões de pessoas tem alguma conta em atraso, número representa 39,5% da população com idades entre 18 e 95 anos.

Entre as regiões, a Norte apresenta maior taxa de devedores, com 46% dos cidadãos residentes nos estados nessa condição. A segunda região com maior índice de pessoas inadimplentes é a Centro-Oeste (44%), seguida pela Nordeste (42%) e Sudeste e Sul (37%).

Volume de dívidas – Apesar da estabilidade, o volume de dívidas – ou seja, a soma dos valores de todos os empréstimos contraídos por pessoas de 18 a 95 anos analisados pelo SPC – em novembro apresentou queda de 3,79% em relação ao ano passado e de 0,14% em comparação com outubro.

No comércio, a redução foi mais acentuada: 6,44%. Já nos bancos (2,55%) e no setor de água e luz (1,43%) o índice foi abaixo da média. O único segmento em que houve ampliação do volume de dívidas foi o de comunicação (4%).

Ainda de acordo com a pesquisa, em 2017, os brasileiros contrataram menos empréstimos que no ano passado. Segundo Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC, muitos consumidores estão sim conseguindo pagar uma ou outra prestação atrasada, mas ainda não o suficiente para tirar o nome da lista dos inadimplentes.

“A gente deve ver uma melhora nesse número uma vez que tenha recuperação mais sólida na economia, mas a melhora ainda é muito pequena. A absorção de 13 milhões de desempregados pelo mercado demora bastante. Mas mesmo que o emprego tivesse melhorado, a recuperação lenta existe porque a gente vai ter uma primeira rodada de contratações com o salário menor. Com a geração de postos informais, essa modalidade não tem todos os benefícios e isso faz com que haja uma demora na redução da inadimplência”, explicou.

Com informações: Agência Brasil

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