Independente da renda familiar, as crianças precisam aprender sobre dinheiro desde cedo. Essa é uma forma de criar adolescentes e adultos responsáveis financeiramente e aptos a empreender. Veja abaixo algumas maneiras de abordar o assunto deste cedo dentro de casa.
Ensine que querer não é precisar
Uma das primeiras lições a serem repassadas às crianças é que não se pode ter tudo aquilo que se quer, ao menos não no momento exato da exigência. Quando as crianças começam a manifestar a vontade por consumo elas ainda não sabem o valor das coisas. Esse conceito precisa ser ensinado e estimulado pelos pais. A criança precisa saber que conquistas são valiosas, por isso, estipule quais as datas comemorativas ou acontecimentos serão presenteadas. O fato de deixar a chupeta, o aniversário, a Páscoa, são exemplos de momentos de comemoração, evite, portanto presentear fora dessas datas para que o consumo não se torne um hábito banal.
Dê uma mesada
Desde muito cedo, a partir dos 3 anos, as crianças já podem ter um valor semanal a receber (a noção de tempo dos menores é diferente, portando a mesada mensal não é indicada até os 12 anos). O valor pode ser simbólico e negociável de acordo com a disponibilidade familiar. O importante é orientar que esse dinheiro deve ser dividido em duas partes: uma para poupar e outra para gastar. Lembre-se de oferecer um porquinho e uma carteira adequada para pequeno e novo ‘assalariado’ da casa.
Fale sobre os gastos domésticos com naturalidade
Organizar as contas a serem pagas é uma tarefa que pode e deve ser feita na presença das crianças. Quando os filhos crescem vendo que os adultos anotam os gastos, organizam o pagamento e planejam as compras a noção de responsabilidade aumenta muito. Uma atividade simples é ter uma pasta para as contas não pagas e outro para as contas pagas. Os pais podem atribuir aos filhos a tarefa de receber de receber os boletos mais simples: de água, luz e moradia e separá-los sempre na pasta de não pagos. A família pode ser um dia fixo para o pagamento destas contas (seja uma ida ao banco ou um feito pela internet), assim, em seguida, os pequenos têm a responsabilidade de colocar as contas já pagas na pasta correspondente. É uma tarefa que estimula a rotina, a responsabilidade e a valorização do trabalho dos pais.
Envolva em projetos familiares
Planos que envolvem a família toda como férias, a compra de um carro novo ou uma festa de aniversário são ótimos momentos para ensinar sobre planejamento. Comece explicando que primeiro é preciso juntar, para depois gastar (a mesada e o cofrinho ajudam muito neste momento). Planejar um evento que acontecerá daqui a 3, 6 ou 10 meses ajuda a ensinar que nem todas as saídas da criança e da família precisam envolver gastos. O famoso “lembra da viagem para a praia no próximo feriado?” vale para mostrar a criança que escolhas precisam ser feitas. Antes de sair de casa, coloque os pequenos a par de tudo: diga onde vão, o que farão e, que se no trajeto, eles insistirem em um lanche ou brinquedo não programado, isso implicará em adiar a viagem, por exemplo.
Agora que você já tem alguns exemplos práticos de como começar a orientar financeiramente seus filhos. Que tal conhecer também nossas outras dicas sobre economia.