Saiba que encontrar a roupa certa, gastar pouco e sentir-se elegante é possível sim! Nós fomos buscar na filosofia, na economia e no mundo da moda alguns ensinamentos preciosos para que você possa colocá-los em prática no seu dia a dia. Além de uma estratégia de consumo consciente, o seu bolso e a sua autoestima agradecem.
Comece pelo que você já tem
A primeira dica, básica, fundamental, estranha mas necessária é “conhece-te a ti mesmo”. Sim, a filosofia Socrática é o ponto de partida para reorganizar sua vida e seu estilo. Tire (de uma vez) tudo do seu guarda-roupa. Faça uma geral! Separe as peças que você mais gosta, as que não servem mais e as que precisam de reparo. A faxina inicial mostrará o que você precisa desapegar, o que te serve muito bem e o que pode te servir em combinações futuras.
Faça uma lista (que pode ser básica, no bloquinho de notas ou com um álbum de fotos) de tudo o que vai ficar no seu guarda-roupa. A partir daí, fica fácil mapear o que você tem em excesso, o que falta e até a conhecer o que combina ou não combina com seu estilo de vida e personalidade.
Planeje a sua agenda de looks
A segunda dica é embasada em uma frase do economista Peter Drucker que dizia “a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”. Sabe como isso vale para você? Desenhe (mentalmente ou no papel) como é a sua rotina básica. Você trabalha 5 vezes por semana, vai a academia às terças e sextas, costuma ir à igreja aos domingos e, casualmente, vai a alguma festa? Então o seu guarda-roupa precisa refletir o seu estilo de vida. Nesse exemplo, não adianta ter 10 blusinhas que só servem para a balada ou três tênis de corrida. Isso dá aquela impressão: tenho um guarda-roupas lotado, mas não tenho roupa nenhuma.
Monte sua agenda de looks, de preferência, deixe junto ou perto os conjuntos para ir trabalhar. Se puder pendurar 10 cabides com 10 opções para o trabalho, você vai ver que, tranquilamente, misturando as peças você consegue passar o mês todo sem repetir nenhum visual.
Peças coringas
Estar bem-vestido não significa usar peças caras e, muito menos, abusar de acessórios. A popular frase “menos é mais” se aplica bem a muitas situações, mas, com toda certeza, a moda é uma delas. Organize-se para investir em boas peças básicas. Fuja de modismos quando o tema é vestir-se bem, gastando pouco.
Para os homens vale a regra de 3:
3 calças (jeans escura e lisa, jeans clara e social)
3 camisas (branca, azul e cinza)
3 calçados (tênis, sapato social e bota)
Para as mulheres, 14 boas peças servem para renovar o guarda-roupa de maneira muito elegante:
1 blazer de cor neutra (preto, branco, cinza ou azul marinho)
3 blusas (1 camisa social, 1 camisa jeans, 1 básica de cor neutra)
2 jaquetas (couro e jeans)
1 saia ou vestido (o pretinho básico)
3 calças (2 jeans e 1 social)
1 bermuda (de alfaiataria)
3 calçados (1 tênis, 1 social, 1 bota)
São poucas peças que, combinadas, oferecem literalmente centenas de looks diferentes. Aí, claro, você pode incrementar a coleção com o tempo. A dica preciosa, aqui, é depois ir comprando peças que combinem com essas boas e básicas que você já tem.
Evite comprar as roupas do momento
Yves Sant Laurent dizia que a moda muda com o tempo, mas o estilo é eterno. Se você entrar nas lojas hoje, vai encontrar uma infinidade de peças de neon e de estampas de filmes que são extremamente datadas. Ano que vem, elas já estarão ultrapassadas. Outro risco é comprar roupa para situações específicas. “Tenho um aniversário este final de semana” pode ser a armadilha perfeita para gastar muito em uma pela que será pouco usada ou que você nem goste tanto assim.
Por isso, começar conhecendo o que você tem, conhecendo o que você precisa (de acordo com a suas reais necessidades) e tendo uma listinha de básicos na mão pode ser, quase que literalmente, o mapa da mina.